segunda-feira, 19 de junho de 2023

O CEMITÉRIO SÃO JUDAS TADEU E SUA RIQUEZA HISTÓRICA: uma descoberta do Passado de Santo Antônio/RN através dos túmulos




Esta postagem é um convite para exploramos a História de Santo Antônio do Salto da Onça/RN a partir do seu cemitério mais antigo ainda em funcionamento. A cada passo entre os túmulos do Cemitério São Judas Tadeu, somos convidados a embarcar em uma jornada fascinante pela história da cidade.

 


 

Todos nós sabemos que cemitério é o lugar de descanso eterno para os nossos mortos e assim, ele é um espaço onde os familiares e amigos dos falecidos podem visitar as sepulturas daqueles que deixaram saudade a fim de prestar homenagens. Porém, o cemitério não é apenas um local de sepultamento, de tristeza e saudade, ele também possui uma função social e cultural extremamente importante: ele reflete a história, a cultura e as tradições de toda uma comunidade.

Os cemitérios são valiosas fontes de informações históricas sobre a região em que estão localizados, podendo ser observados enquanto uma representação desse passado (LIMA, 1994; CARRASCO, 2009). Eles possuem fontes de informações como exemplo, dados sobre indivíduos enterrados, como seus nomes e suas datas de nascimento e de falecimento; eles revelam práticas funerárias, crenças religiosas, valores sociais e mudanças culturais ao longo do tempo; eles demonstram também as atitudes humanas diante da morte (ARIÈS, 2012).

A paisagem do cemitério pode revelar informações sobre a demografia do local, os estilos arquitetônicos, as arte funerária e alguns eventos históricos, como as epidemias, (MACHADO, 2017). Ao adentrarmos um cemitério, devemos observar cuidadosamente cada tipo de túmulo, desde as mais modestas lápides até os majestosos mausoléus, pois os túmulos, os jazigos, as catacumbas são documentos sintomáticos da cultura visual da sociedade, pois oferece possibilidades ilimitadas para entendermos a materialidade humana em tempos diferentes (CARVALHO, 2012, p. 39).

Isto é, os cemitérios apresentam as condições para a realização de estudos que embasam, dentre outros aspectos, elementos sociais, econômicos e culturais da nossa sociedade (CASTRO, 2008). Mas os estudos cemiteriais são um grande campo de estudos em construção tendo em vista o assunto ainda ser tratado com muita estranheza (CARRASCO, 2009, p. 48). Para estudar um cemitério, podem-se realizar atividades como catalogação de sepulturas, mapeamento da área, análise da arquitetura e arte funerária, pesquisa em arquivos históricos e entrevistas com a comunidade local (JÚNIOR, 2017; MACHADO, 2017).


O cemitério enquanto um monumento e um patrimônio cultural

 

Os monumentos são obras criadas com o objetivo de celebrar lembrar ou homenagear eventos, figuras e ideias que são consideradas importantes em uma sociedade. O cemitério pode ser considerado um tipo de monumento, pois contém os restos mortais das pessoas que fizeram parte da história da comunidade e muitas vezes é adornado com esculturas, epitáfios, fotografias e outros elementos artísticos que enaltecem a sua importância. Quanto ao valor histórico, considera-se que é nesses espaços que repousam os restos mortais de pessoas, ilustres ou não, que contribuíram de alguma forma para a história local e da humanidade (CARRASCO, 2009, p. 51).

Assim, como os cemitérios são espaços de carregados de história e memória (OSMAN, RIBEIRO, 2007, p. 12) onde estão enterrados os antepassados e personalidades da história local, eles podem se tornar monumentos, já que eles cumprem um papel de preservar a memória e o patrimônio cultural de uma comunidade (JÚNIOR, 2017).

A memória é um elemento fundamental para a formação da identidade de uma sociedade, pois permite que as gerações atuais entendam e se relacionem com o passado (CANDAU, 2011). O cemitério é um lugar onde essa memória pode ser preservada e transmitida às gerações futuras, pois ele guarda os vestígios daqueles que contribuíram para moldar a história de uma comunidade, como já dito.

O patrimônio cultural se refere ao conjunto de bens materiais e imateriais que são considerados importantes para uma sociedade em virtude de sua relevância histórica, artística, científica ou simbólica. O cemitério pode ser considerado um elemento integrante do Patrimônio cultural à medida que guarda elementos arquitetônicos, como esculturas, e o “valor artístico desses espaços está relacionado aos artefatos integrados à arquitetura tumular com função ornamental, pela sua riqueza de elaboração (CARRASCO,  2009, p. 50).

Quando um cemitério é reconhecido como um patrimônio histórico cultural significa que a sociedade o reconheceu enquanto um elemento importante para a preservação da história e memória da sua comunidade (NOGUEIRA, 2013; CARRASCO, 2009). Acreditamos que é fundamental que os cemitérios sejam conservados e mantidos em boas condições para que as futuras gerações possam conhecer os registros históricos que neles se encontram.

 

Uma História de Santo Antônio através de seus cemitérios


Os documentos de relatório de presidente de província, de governador de estado e os documentos da intendência indicam que a Vila de Santo Antônio de Goianinha até o inicio dos anos 1920 tinham três cemitérios. Hoje por meio do resgate dessa memória, sabemos que o mais antigo estava localizado ao lado da antiga igrejinha de Ana Joaquina de Pontes, nas proximidades de onde hoje se localiza o Grupo Escolar Dr. Manoel Dantas, no centro da cidade.

Até os anos 1850, havia a prática de sepultar pessoas dentro ou ao lado das igrejas católicas, o que garantiam simbolicamente a salvação do morto (TAVARES, 2015, p. 929). Com as políticas de higiene pública do Brasil imperial, essa prática passou a ser proibida. Passaram a construir cemitérios extramuros, isto é, fora da cidade, longe do núcleo urbano.

Entre os anos de 1855 e 1856, com o devastador número de vítimas da Cólera em Natal, fez-se necessário a construção de um cemitério para acomodar os corpos daqueles que faleceram por este mal, já que os locais de sepultamento existentes, como a Igreja Matriz e a de Nossa Senhora do Rosário, não estavam atendendo a demanda (CABRAL, 2006, p. 41, TAVERES, 2015, p. 936). O Cemitério do Alecrim, na capital da então província do Rio Grande do Norte é produto de uma epidemia de Cólera: um cemitério pensado para que nele se acomodasse a grande demanda de mortos e atendesse às normas sanitárias e higienistas da época.

Dessa forma, o segundo cemitério da Povoação de Santo Antônio foi construído ao lado do rio Jacú, na margem oposta de onde se formava a povoação, nas proximidades do caminho para a Serra da Serrinha, quando Santo Antônio ainda era uma povoação de Goianinha e esse cemitério funcionou e existiu até meados de 1920, juntamente com o primeiro cemitério (LAEMMERT, 1920).

A Povoação de Santo Antônio possuía uma estreita estrada de barro que a ligava a serra da Serrinha. Essa estrada cruzava o rio Jacú, passava pelas proximidades do “cemitério novo” e percorria as direções da serra e seu povoado, território da atual cidade de Serrinha (PESSOA, 2014). O “antigo cemitério” o lado da antiga capela passou a não receber os mortos da povoação, tendo em vista as determinações sanitárias. Por ter entrado em desuso, seu terreno foi reaproveitado para a construção do atual Grupo Escolar Dr. Manoel Dantas entre 1927 e 1929 (ORRICO, 2002; PESSOA, 2014) e a antiga capela que ficava no meio da Rua Grande foi demolida em 1924 (PESSOA, 2014).

O cemitério da beira do rio foi construído contra o vento para evitar as contaminações, as febres e os miasmas, atendendo as normas e o modelo que se implantava na capital da província, Natal (TAVARES, 2015). Os ventos passavam pelo rio Jacú, depois pelo cemitério e levava os ares putrefatos e fétidos para longe da povoação e sua população.

A comunidade da Povoação de Santo Antônio de Goianinha passou a usar o cemitério extramuros, distante centro habitacional da povoação, na outra margem do rio para sepultar seus mortos. Mas, entre os anos de 1870 e 1890, surgiu a demanda de se construir um cemitério mais próximo da Povoação, o terceiro cemitério.

A tradição oral de Santo Antônio aponta que houve uma cheia no rio Jacú no final do século XIX que destruiu o cemitério na margem do rio. Essa informação não parece ter sustentação na documentação analisada, pois não há registro de cheia em nenhum rio potiguar durante o fim do século, muito pelo contrário. O que se registra nesse período é uma das maiores secas da história do país. A necessidade de se construir um novo e maior cemitério foi uma necessidade prática que atendesse a uma demanda real dos vivos: a seca de 1877-9 e as epidemias.

Em todo o Rio Grande o Norte, estado de salubridade era precário, com “condições sanitárias irregulares que facilitavam a propagação de doenças infecciosas, como cólera-morbo, febre amarela e varíola” (LIMA, DIAS, MYRRHA, 2017, p. 514). A alta mortandade devido à seca e as epidemias que assolaram o estado do Rio Grande do Norte desestruturou toda a sociedade potiguar, semelhante ao que se registrava em províncias como o Ceará e Paraíba (DIAS, 2019). “Em 1877, a situação de calamidade associada à eclosão de epidemias como a varíola impulsionou um grande contingente das áreas mais afetadas do sertão para o litoral e agreste” (LIMA, DIAS, MYRRHA, 2017, p. 513).

 

A seca, as epidemias e o cemitério São Judas Tadeu de Santo Antônio

 

É nesse contexto de seca e epidemias que surge o cemitério que hoje conhecemos por São Judas Tadeu. Ele foi construído para atender uma demanda dos mortos da grande seca de 1877-9. Esse evento climático marcou, também, o surgimento de um novo sujeito coletivo na sociedade brasileira: os retirantes. Várias colônias agrícolas foram experimentadas para fixação dos retirantes em migração para não morrerem de fome e sede nas estradas a caminho das maiores vilas (FERRERA, DANTAS, 2001).

Depois da emancipação do município em 1890, os intendentes não contabilizaram nenhum investimento na construção de um cemitério, os gastos eram apenas com pequenas modificações, como a instalação de portões e muros (CONSELHO, 1890s).

O atual cemitério São Judas Tadeu não guarda seus jazigos originais que datem da sua fundação, em meados de 1880.  Ele já sofreu inúmeras modificações e reformas que destruíram suas características originais. Dos túmulos do século XIX, não restam nenhum com datação. Foram arrasadas em sucessivas reformas modernizadoras depois dos anos 1930 que envolveram demolições de mausoléus e jazigos, tendo as lápides sido retiradas e realocadas nas construções mais novas.

Analisando as inscrições tumulares, apenas um jazigo é datado de antes de 1930, como pode ser visto nas imagens 3, 4 e 5. Os demais estão datados de 1940 em diante, sobretudo a partir de 1950. O que nos leva a entender que há algum evento reformista entre as décadas de 1930 e 1940 que não considerou preservar o os antigos túmulos como parte de um patrimônio histórico e cultual.






Com exceção de algumas construções mais monumentais que apresentam uma configuração arquitetônica do início do século XX, na qual, muitas delas lembram uma igreja. Se os mortos não podiam ser sepultados em uma igreja,  os vivos construíam uma mini igreja para sepultar seus mortos. Esses túmulos possuem estruturas altas, geralmente em forma de torre, e são adornadas com ramagens, florais, faixas e frisos, elementos típicos de uma arquitetura eclética com traços de estilo neoclássico, como pode ser visto nas imagens abaixo.













Com o passar do tempo, vários outros modelos arquitetônicos foram sendo incorporados ao museu a céu aberto com 150 anos de história. O Art Déco, influente na arquitetura do casario santo-antoniense dos anos 1960 e 1970, também se faz presente em seu cemitério, produzindo uma semelhança entre a cidade dos vivos e dos mortos. Com túmulos cheios de linhas retas e expressões verticais, atribuindo um cunho moderno, simples e higiênico, como podemos ver nas imagens 16 a 19.









As práticas mais modernizadoras dos anos 1970 e início dos anos 1990 de reformas com cerâmicas higiênicas usadas em hospitais também se revelem importantes na paisagem cemiterial do São Judas Tadeu, como podemos ver nas imagens 20 a 23. E o final dos anos 1990 inaugura os azulejos em cores não usuais como na imagem 25. A partir dos anos 2000, o mármore e o granito tomam de conta da paisagem.










No meio dos jazigos, três monumentos resguardam personalidades distintas da história e da formação urbana de Santo Antônio. O jazigo impotente da Família Azevedo retratado nas imagens 26 e 27 possui sepultados personalidades que atuaram diretamente na construção de Santo Antônio, como Rodophiano Fernandes de Azevedo e Boanerges Azevedo, juntamente com seus parentes.







Outros personagens que a memória local se preocupou de manter lembrado são Epaminondas Mendes, imagem 28, e o Professor Alexandre Celso Garcia, imagem 29. O primeiro atuou durante anos como intendente e Presidente da Intendência (PESSOA, 2014) e o segundo atuou como professor e secretário da Intendência. A historiografia tratou de imortalizar os feitos desses personagens históricos e nossa tratou de imortaliza-los com esses monumentos.







Entretanto, demais fotografias de personagens desconhecidos surgem em meio aos túmulos. As imagens 30 a 37 são um tributo a elas. Através das suas fotografias podemos visualizar como se vestiam, e como as suas famílias se comportaram diante da sua morte.    




















Outra coisa que chama nossa atenção ao entramos no Cemitério São Judas Tadeu é a grande quantidade de crianças sepultadas em túmulos dispostos aleatoriamente preenchendo espaços vazios. Elas foram sepultadas sem nomes, sem datas e sem indicação de parentesco. Também não recebem visitas e parecem que já não são mais lembradas. As imagens 38 a 43 nos faz refletir sobre as altas taxas de mortalidade infantil que assolaram nosso país quando não tínhamos politicas públicas voltadas ao cuidado infantil. 









Por fim, as esculturas em forma anjos em um túmulo não datado nos faz recordar uma espécie de arquitetura eclética em que a gótica se mistura à Art Déco, produzindo um sentimento de proteção, calmaria e beleza serena. As imagens abaixo apresentam um monumento tumular em contraste com as demais produções da arte cemiterial. Ele é um demonstração de uma obra única na região. A singeleza de suas estatuetas angélicas entram em conflito com sua torre torre robusta, mas a obra surge unida num só corpo, magnânimo e belo, produzindo uma sensação de calmaria e impotência diante da única certeza nos aguarda no futuro.






     

Por fim, uma imagem da vista aérea pelo Google Maps pode denunciar uma desorganização, a falta de um planejamento, pois os túmulos estão dispostos a toda desordem, não seguindo um padrão. Entretanto, tendo em vista os dados regionais de mortandade do século XIX e primeira metade do século XX, não havia tempo para a preocupação em planejamento de covas, em medidas de profundidade, espaçamentos entre túmulos e ou disposição planejada: A mortandade era alta, em níveis imagináveis para hoje.


Cemitério, Preservação e a Resistência da memória de Ana Joaquina de Pontes:

 

A preservação dos espaços cemiteriais e de sua história é fundamental para a memória de uma comunidade e para a identidade de uma região. O cemitério deve ser visto como um lugar de interesse histórico e cultural que deve ser respeitado e cuidado para as futuras gerações (NOGEUIRA, 2013, p. 70). É importante que as comunidades valorizem seus cemitérios e promovam atividades, como políticas públicas de preservação, que possam destacar a importância desse patrimônio histórico.

Os antigos cemitérios de Santo Antônio foram apagados da memória coletiva da nossa comunidade. Pode-se dizer que eles estão vinculados a uma memória traumática que precisou ser silenciada?

Vejamos nas imagens 48 e 49 o único tumulo do segundo cemitério de Santo Antônio, situado as margens do rio Jacu, onde as tradições orais e a memória coletiva local afirmam ser o local onde  Ana Joaquina de Pontes, considerada a fundadora de Santo Antônio, está sepultada. 





A destruição de um túmulo de uma antiga fundadora de uma cidade tem um significado profundo e impactante. Ana Joaquina de Pontes, a fundadora de Santo Antônio, desempenha um papel histórico e simbólico fundamental, pois ela é uma figura de destaque na formação da identidade e da história da nossa comunidade. E seu túmulo ainda resiste em meio ao descaso a abandono, como na imagem 50.





Nós entendemos a destruição do túmulo de Ana Joaquina de Pontes como uma negação ou apagamento da história e da memória da fundadora daquilo que é hoje a nossa cidade. Isso é um desrespeito aos valores e às raízes culturais da nossa comunidade, e representa uma perda de conexão com as nossas origens e uma ruptura com a nossa história.

Além disso, nós interpretamos a destruição do túmulo de Ana Joaquina de Pontes como um ato de desvalorização e desconsideração pelos legados e contribuições dessa personagem histórica para a nossa cidade. A destruição de seu tumulo e a não manutenção do local, como denuncia a imagem 52, é uma forma de apagar a presença da fundadora de nossa cidade, apagar sua importância para nossa história, pois estamos jogando fora uma de reconhecer e valorizar o papel dessa mulher na construção e no desenvolvimento da nossa identidade local.





Essa destruição nos gera sentimentos de indignação, tristeza e até revolta na sociedade santo-antoniense, especialmente entre nós que valorizamos a preservação da história e da memória local.

 

Concluindo:


A importância de uma comunidade preservar seu cemitério é enorme. Pois ele é um símbolo da memória local. Preservá-lo é reconhecer a sua importância para a história de uma comunidade. Portanto, é uma forma de valorizar os seus antepassados manter viva a sua memória e fortalecer a sua identidade cultural.

Além disso, a preservação do cemitério também pode ter um valor turístico e educacional ao permitir que visitantes, turistas e estudantes conheçam a história e a cultura da comunidade por meio dos seus monumentos funerários, como um museu a céu aberto (NOGUEIRA, 2013, p. 120). A conservação, a manutenção e a limpeza das sepulturas e dos monumentos cemiteriais são essenciais para manter a viva a memória local, a nossa história e nossa identidade coletiva. Também é importante lembrar que o cemitério não é apenas um lugar de morte, saudade, e luto, é também, como apresenta a imagem 53, um lugar de beleza e paz.

 





PARA REFERENCIAR ESTE ARTIGO:

NOGUEIRA, Vyctor. O Cemitério São Judas Tadeu e sua riqueza histórica: uma descoberta do Passado de Santo Antônio/RN através dos túmulos. SALTO DA ONÇA: Memória e Patrimônio. 19 jun. 2023. Santo Antônio/RN. Disponível em: https://saltodaoncamemoriaepatrimonio.blogspot.com/2023/06/o-cemiterio-sao-judas-tadeu-e-sua.html Acesso em: dd mes. ano.  



REFERÊNCIAS:

ARIÈS, Phillippe. História da morte no ocidente: da Idade Média aos nossos dias. [Ed. Especial]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

CABRAL, Ierecê Duarte. O repouso póstumo do natalense no Cemitério do Alecrim. Natal, RN: Imagem Gráfica, 2006.

CANDAU, Joël. Memória e identidade. Trad. Maria Leticia Ferreira. São Paulo: Contexto, 2011.

CARRASCO, Gessonia Leite de Andrade e NAPPI, Sérgio Castello Branco. Cemitérios como fonte de pesquisa, de educação patrimonial e de turismo. Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio – PPG-PMUS Unirio | MAST Museologia e Patrimônio, v. 2 n. 2 – Jul./Dez. 2009. Disponível em: http://revistamuseologiaepatrimonio.mast.br/index.php/ppgpmus/article/view/60. Acesso em: 18 jun. 2023.

CARVALHO, Luiza Fabiana Neitzke de. Os Cemitérios como Índice de Modernidade Urbana. Habitus, Goiânia, v. 10, n. 1, p. 39 – 51, Jul./Dez. 2012.

CASTRO, Elisiana Trilha. Aqui também jaz um patrimônio: identidade, memória e preservação patrimonial a partir do tombamento de um cemitério (o caso do Cemitério do Imigrante de Joinville/SC. 1962 – 2008). 210 f. Dissertação (Mestrado), Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade, PGAU-CIDADE, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.

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DIAS, Dayane Julia Carvalho. Mortalidade e migração no período da seca de 1877-1879 na freguesia de São José (Fortaleza/CE). Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, Campinas, v. 27, n. 2, p. 175-194, jul./dez. 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/resgate/issue/view/1635. Acesso em: 10 jun. 2023.

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LIMA, Tânia Andrade. De morcegos e caveiras a cruzes e livros: a representação da morte nos cemitérios cariocas do século XIX (estudo de identidade e mobilidade sociais). São Paulo, Anais do Museu Paulista, v.2, p. 87 – 150, 1994.

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NOGUEIRA, Renata de Souza. Quando um cemitério é patrimônio cultural. 126 f. Dissertação (Mestrado em Memória Social) - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

ORRICO, Maria Goreth. Santo Antônio: cidade que conquista. Natal/RN: Offset Gráfica e Editora, 2002.

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TAVARES, Diego Fontes de Souza. A secularização da morte: cemitérios públicos e as políticas sanitárias em choque às velhas formas de se enterrar na natal oitocentista. In. Simpósio Nacional da ABHR, n. 14, 2015, Juiz de Fora, MG. Anais, Juiz de Fora, MG, 2015.

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